Moradores do Mocambo relatam dificuldades causadas pela estiagem histórica no Amazonas

Foto: Samuel Vieira

Com a proximidade de dezembro, os moradores do Distrito do Mocambo do Arari continuam enfrentando os efeitos da maior estiagem já registrada no Amazonas. Setores como comércio, pesca, educação e saúde ainda sentem os impactos da vazante.

No estado, 62 municípios permanecem em situação de emergência. Na terça-feira, 26 de novembro, o nível do Rio Negro registrava 14,26 metros, um patamar considerado crítico para a região.

“Não conseguimos comprar mercadorias devido ao alto custo do transporte, que encareceu os produtos. Ficamos com pouca mercadoria este ano, sem condições de atender a demanda de muitas pessoas, e seguimos aguardando a chegada dos barcos para reabastecer o estoque”, relatou Vanderléia dos Santos, comerciante da região.

Pescador desde os 16 anos, Josinaldo, de 50 anos, revelou ter passado um mês sem conseguir pescar, dependendo do auxílio estiagem para sobreviver. 

“A seca foi muito difícil para nós, um tormento. Viver da pesca nesse período foi complicado. Passei um mês sem renda nenhuma. Graças a Deus, o governo nos ajudou”, afirmou.

Ao todo, 36 comunidades de Parintins foram diretamente impactadas, a maioria delas completamente isoladas devido ao difícil acesso.

O coordenador da Defesa Civil, Adson Silva, destacou os esforços da unidade em atender o maior número possível de famílias e mitigar os problemas causados pela vazante, queimadas e o calor intenso que afeta a região Norte.

Com informações de Samuel Vieira/Alvorada Parintins

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