Parintins enfrenta uma temporada de cruzeiros impactada por cancelamentos, atribuídos à estiagem e ao baixo nível dos rios na região.
Pelo menos dois navios já confirmaram a suspensão da parada na ilha: um na semana passada e outro programado para dezembro.
Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, a redução do nível das águas cria incompatibilidade com os horários de navegação segura.
Parintins possui dois pontos de parada para cruzeiros: a Ilha, na área urbana, e a Serra da Valéria, na zona rural. Enquanto alguns navios optam por ancorar apenas na Valéria, outros cancelaram completamente a parada no município.
Um exemplo recente é o navio Viking Sea, que cancelou sua escala prevista para o dia 9 de dezembro.
De acordo com a secretária de Turismo de Parintins, Karla Viana, os cancelamentos representam uma significativa redução no número de navios que visitarão a cidade.
“Essa questão é ruim para nós porque o receptivo deixa de ganhar, os operadores enfrentam um certo prejuízo, e os receptivos das agências também acabam sendo impactados. Já tínhamos esse formato estabelecido, inclusive para o pessoal do artesanato que organizamos lá na frente”, afirmou.
A estimativa da secretaria é que entre 800 e 1.000 turistas deixem de visitar Parintins devido às suspensões, afetando a economia local e o setor de turismo.
A temporada deste ano terá apenas 16 navios, comparados aos 25 da temporada passada. E há preocupação com novos cancelamentos, expressou Karla Viana.
“Tudo vai depender do comportamento dos agentes portuários, pois são eles que nos comunicam sobre os cancelamentos. Alguns avisam em cima da hora, outros com certa antecedência. Esperamos que não haja cancelamentos, pois nosso objetivo é fomentar o turismo e impulsionar a economia local. Queremos beneficiar bares, restaurantes e os equipamentos turísticos que conseguimos implementar. O prefeito Bi trabalhou para que esses investimentos fossem feitos, justamente para tornar a cidade cada vez mais atrativa”, disse.
Apesar das dificuldades, a temporada de cruzeiros, iniciada em outubro, segue até abril de 2025, e o município espera que a situação se normalize nos próximos meses.
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