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A população de Parintins enfrenta um grave problema ambiental nos últimos três dias: a qualidade do ar na cidade atingiu níveis classificados como "péssimos".
Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), neste sábado (30/11), a qualidade do ar em Parintins alcançou 316,7 µg/m³ (microgramas de poluente por metro cúbico), o que é considerado um nível insalubre para a saúde. Para que o ar seja considerado de boa qualidade, o índice deve estar entre 0 e 25 µg/m³ (microgramas de poluente por metro cúbico).
Na quinta-feira (28/11), o Selva chegou a registrar 236,3 µg/m³. E na sexta-feira (29/11) foi registrado 275,9 µg/m³.
Os índices preocupantes são atribuídos a fatores climáticos e a queimadas na região amazônica, que intensificam a concentração de poluentes no ar. Além disso, a baixa umidade e a falta de chuvas agravam a dispersão de partículas nocivas, como material particulado fino (PM2.5), que representa riscos à saúde pública.
Esse cenário tem se repetido com frequência nas últimas semanas no município.
Segundo o subsecretário de Meio Ambiente de Parintins, Wescley Dray, grande parte dessa fumaça tem origem no estado do Pará.
“Ao analisar imagens de satélite, observa-se que no município de Parintins, incluindo áreas da zona rural, não há focos de queimadas que justifiquem a qualidade do ar tão comprometida. Porém, ao ampliar a análise para o estado do Pará, nota-se um grande número de queimadas ao longo do curso do Rio Amazonas, que se estendem até municípios próximos ao estado do Maranhão”, disse.
O subsecretário fez uma alerta para cuidados especiais neste período, principalmente com crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. A recomendação para a população é evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar máscaras de proteção e manter-se hidratada.
Além disso, a fumaça tem comprometido a visibilidade nos rios da região, dificultando a navegação das embarcações.
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