Foto: Mídia Cabocla |
Nesta quinta-feira (3/10), o município de Parintins está diante da maior vazante já registrada do Rio Amazonas, que alcançou a marca histórica de -2,27 metros, segundo dados da Defesa Civil do município.
Este é o segundo ano consecutivo de recordes de vazante, superando o índice de 2023, quando o rio registrou -2,17 metros em 25 de outubro, uma diferença de 10 cm.
Este ano, o recorde foi atingido 21 dias antes, um indicativo do agravamento das condições hídricas na região.
De acordo com o Painel Clima Amazonas, nos últimos sete dias o nível do Rio Amazonas variou em -0,14, o que representa uma descida média de 14 cm por dia. Nos últimos 30 dias, a queda média foi de 15 cm diários.
Com essa tendência, o cenário se desenha como a segunda maior estiagem já registrada nos últimos 50 anos de monitoramento.
A situação é crítica para as comunidades ribeirinhas. Segundo a última atualização da Defesa Civil Municipal, 35 comunidades estão em situação de isolamento, afetando mais 1.400 famílias, correspondendo a aproximadamente 6 mil pessoas.
O decreto de situação de emergência foi emitido pela prefeitura no início de setembro, em resposta à estiagem prolongada, que vem trazendo graves consequências para o abastecimento e a locomoção das populações locais.
De acordo com a Defesa Civil, o município formou um comitê de combate à estiagem com o objetivo de amenizar o impacto da seca dos rios nas famílias afetadas.
A preocupação das autoridades é crescente, especialmente porque, no ano passado, o rio só voltou a subir no final de outubro, precisamente no dia 25. Com a velocidade atual da descida, estimada entre 10 e 15 centímetros por dia, o cenário de recuperação parece distante.
As maiores estiagens da história:
- 2024: -2,27 metros (e em queda)
- 2023: -2,17 metros
- 2010: -1,86 metros
- 1997: -1,52 metros
Foto: Divulgação |
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