Muitos influencers vendem ilusões e política é matemática pura

Foto: José Cruz/Agência Brasil


Não se pode calcular votos por seguidores porque muitos dos seguidores têm seus acertos, acordos, negócios, esperanças etc., que nem sempre cabem na ilusão do influenciador.

Ser popular ou bem-visto na sociedade também não é critério para ser eleito automaticamente.

Política é cálculo, projeção, estudo, possibilidades e probabilidades. Também os que mantém os eleitores às custas do pagamento, formação de equipe antecipada, fazem os seus cálculos. Ouve-se histórias de contratação de 4 mil pessoas para receber 2 mil votos e nem sempre esse cálculo é assertivo, conta-se então com uma reserva e soma de outros candidatos para atingir o coeficiente partidário.

Muitos candidatos “fortes” num mesmo partido, ou seja, com maiores possibilidades de serem eleitos, diminuem as possibilidades de candidatos mais “fracos” não conseguirem seus objetivos de votos suficientes para serem eleitos.

Atribuir a derrota apenas à trairagem é exagero dos candidatos, foram os políticos que ensinaram a “troca de favores” por votos. 

O eleitor fica ávido à espera desse momento, muitas vezes é o único momento que tem para tirar proveito ou ganhar algo sem muito esforço, outros com esforço de trabalhar balançando bandeiras, acompanhar nas caminhadas, ir às reuniões, fazer volume nos comícios etc.

Eleição nunca foi sorte, quando muito reflete votos de protestos e elege alguém que surpreende a população.

Nos assusta que nem sempre os gastos são registrados no TSE, muitos eleitos não gastaram nada ou quase nada, mas aí é outra história que precisa ser corrigida.


Por Eliseu da Silva Souza, professor mestre da UEA.



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