Rio Amazonas desce quase 1 metro em 5 dias e caminha para cota negativa em Parintins

 

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A estiagem de 2024 segue impressionando pesquisadores e moradores na região amazônica. Na calha do Baixo Amazonas, as águas do rio Amazonas desceram quase 1 metro em 5 dias, segundo os dados da Estação de Monitoramento de Parintins, do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Conforme os dados do SGB, no dia 30 de agosto, a cota do rio Amazonas era de 2,70 metros. Nessa quarta-feira (4/9), o rio atingiu a medida de 1,85 metros, significando uma diferença de 85 centímetros a menos em 5 dias. O ritmo de descida das águas na região é considerado acelerado para os especialistas e preocupa as autoridades do município.

Segundo a Defesa Civil do município, Parintins ainda não tem registros de comunidades em situação de isolamento ou desabastecidas de água ou alimentos. A preocupação dos moradores é que esse ritmo acelerado de descida das águas provoque a situação de calamidade que foi enfrentada no ano passado.


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Cenário preocupante

Na comparação com a estiagem de 2023, considerada a maior já registrada em 50 anos de monitoramento na região de Parintins, o cenário é ainda mais preocupante. No dia 4 de setembro do ano passado, a medida do rio era de 4,47 metros, o que representa uma diferença de 2,62 metros na comparação com o mesmo período este ano.

Com o nível das águas cada vez mais baixo e sem sinais que o ritmo de descida das águas deve diminuir, a tendência, segundo especialistas, é que o rio Amazonas alcance a cota negativa ainda na primeira quinzena de setembro. Em 2023, a cota negativa foi alcançada nos primeiros dias de outubro.

Segundo a Defesa Civil do município, Parintins ainda não tem registros de comunidades em situação de isolamento ou desabastecidas de água ou alimentos. A preocupação dos moradores é que esse ritmo acelerado de descida das águas provoque a situação de calamidade que foi enfrentada no ano passado, quando 


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Cota negativa

Conforme o SGB, a cota negativa é alcançada quando o nível das águas de um rio desce abaixo da cota arbitrária determinada na instalação da primeira régua utilizada para o monitoramento fluviométrico de um determinado rio. No caso de Parintins, o monitoramento começou em 1974.

Ainda segundo o SGB, em 50 anos de monitoramento, o rio Amazonas já ultrapassou a cota negativa em 1990, 1991, 1997, 1998, 2009, 2010 e em 2023, quando o rio atingiu o nível de -2,17 metros, registrado no dia 25 de outubro, marca considerada a mínima histórica.


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