Em Parintins, alunos da rede estadual sofrem intoxicação alimentar após ingestão de merenda escolar

Foto: Divulgação

16 estudantes do ensino médio da Escola Estadual Caburi, localizada no Distrito do Caburi, zona rural de Parintins, precisaram de atendimento médico após apresentarem sintomas de intoxicação alimentar. O caso ocorreu na última quarta-feira (11/9) e as crianças passaram os últimos dias recebendo cuidados após sofrerem com o problema de saúde.

Os alunos, todos com idade entre 12 e 18 anos, tiveram um quadro de vômito e diarreia que teria começado após a ingestão da merenda distribuída na unidade da rede estadual de ensino.

Nesta quinta-feira (12/9), equipes da Coordenação de Vigilância em Saúde de Parintins (CVS), integrada pelos departamentos de Vigilância Sanitária, Laboratório de Vigilância da Qualidade da Água e a Vigilância Epidemiológica, foram encaminhadas para a localidade para averiguar a situação na escola. 

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde de Parintins, Elaine Pires, aspectos relacionados ao acondicionamento, armazenamento e prazos de validade dos produtos utilizados na merenda escolar da unidade estavam dentro da conformidade. No entanto, segundo a Vigilância em Saúde, foi constatado que a escola não contava com profissionais devidamente autorizados e certificados para o trabalho na cozinha da unidade de ensino. 

“Buscando junto ao diretor da escola estadual e aos pais e responsáveis das crianças, foi verificado que a escola está sem os servidores devidamente capacitados para a preparação da merenda, profissionais que, por algum motivo, não estavam no momento da inspeção. Foi informado que os profissionais estavam doentes e que uma voluntária estaria fazendo a merenda. Os pais das crianças informaram ainda que os alunos relataram que no momento em que a merenda foi servida, no caso um feijão, o alimento se encontrava com um cheiro característico de azedume e que essa alimentação teria sido requentada de um dia para o outro, o que pode ter provocado o surto de diarreia nos alunos”, explicou a coordenadora.

Ainda segundo a CVS, foi realizado um termo de inspeção, a direção da escola foi notificada e orientada sobre boas práticas para garantir a segurança sanitária. Também foi efetuada notificação sobre o surto de diarreia.

Um relatório foi elaborado e será encaminhado para a Coordenadoria Regional da Seduc de Parintins.

O documento solicita esclarecimentos sobre a questão da manipulação dos alimentos e sobre o fato da Escola Estadual do Caburi não contar com a presença de profissionais apropriados para a execução da atividade dentro da cozinha da escola.

Reposta Seduc

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar informou que uma inspeção na unidade de ensino foi realizada e não foram encontrados problemas com a validade dos alimentos. E considerou improcedente a denúncia sobre a ausência de profissionais na cozinha na escola.

Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar informa que profissionais da vigilância estiveram na unidade de ensino e não constataram nenhum problema com os alimentos. Paralelo a isso, uma equipe do órgão, que atua no município, tem acompanhado a unidade, que segue sem apresentar problemas com a validade dos gêneros alimentícios, nem com os demais alunos da escola. Quanto à informação de que não há profissional na cozinha, a Secretaria de Educação destaca que a denúncia é improcedente.




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