Foto: Reprodução |
Em Nhamundá, município do interior do Amazonas, agulhas, tecidos e criatividade estão costurando novas histórias e perspectivas para detentos do sistema prisional.
O projeto “Bordando Recomeços”, desenvolvido na delegacia da cidade, ensina a arte do bordado aos custodiados. Além de capacitação profissional, ele representa esperança para aqueles que buscam liberdade e um novo começo.
O projeto, apoiado pela Lei Paulo Gustavo e pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, começou em julho. Consiste em oficinas de bordado e rodas de conversa com os detentos da Unidade Prisional de Nhamundá, envolvendo 10 participantes semanalmente.
A coordenadora do projeto, Julyane Monteiro, destaca a importância de dar visibilidade a essas pessoas esquecidas e invisíveis. Ela acredita na ressocialização dos detentos e defende seus direitos à alimentação adequada e a atividades que os preparem para a vida após a prisão. Além disso, enfatiza que eles também têm direito a consumir cultura e arte.
Os participantes desenvolvem habilidades manuais e artísticas, utilizando diversas técnicas de bordado em diferentes tipos de tecidos. Além de promover relaxamento, a atividade serve como válvula de escape do estresse prisional.
Pedro Paulo da Costa, um dos participantes, expressa gratidão pelo projeto e acredita que ele os ajudará a recomeçar após o cumprimento das penas.
Além da capacitação em bordado, a atividade proporciona expressão pessoal, concentração e paciência, aliviando as tensões do cotidiano na prisão.
O impacto positivo do projeto se estende além das paredes da prisão.
Os detentos podem aplicar as habilidades aprendidas profissionalmente e comercializar seus bordados e artesanatos em feiras e eventos turísticos oficiais, impulsionando a economia local.
As oficinas e rodas de conversa continuarão nas próximas semanas, com o apoio da 43ª Delegacia Interativa de Polícia de Nhamundá.
0 Comentários