Polícia prende grupo de matou professor de jiu-jistu

Foto: PC-AM

Policiais civis da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deflagraram, na terça-feira (18/06), a Operação Iscariotes, que resultou na prisão de quatro pessoas envolvidas na execução do professor de jiu-jitsu James Nascimento Mota, de 49 anos. 

A vítima foi morta com disparos de arma de fogo no dia 8 de março deste ano, na rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, zona oeste de Manaus.

Os presos foram identificados como Antônio Ricardo Gomes de Sá, 36; Carlos Inácio Ferreira de Souza, 35; Fabrício dos Santos Gonçalves, 42 ; e Kauã Iago Santos das Neves, 19 .

Em coletiva de imprensa, o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade policial especializada, destacou que as prisões foram fruto de uma ação bem-sucedida realizada pelos policiais da DEHS.

“Essa operação é o resultado de uma investigação constante que culminou na prisão desses indivíduos considerados de alta periculosidade. Eles são responsáveis pela morte de James, que não tinha qualquer tipo de passagem criminosa e estava chegando para dar aula em uma academia de jiu-jitsu no bairro São Raimundo, quando foi atingido por disparos de arma de fogo que acertaram sua cabeça e seu tórax”, explicou o delegado.

No momento da ação criminosa, a vítima, que estava estacionando em frente a uma academia de artes marciais com a janela do motorista de seu carro aberta, foi surpreendida pelo executor, que se aproximou em uma motocicleta e disparou cerca de cinco vezes. 

Após atingir James, o executor também efetuou um disparo contra um aluno que chegava ao local, porém não o atingiu em órgãos vitais.

Investigações

Conforme a delegada Marília Campello, adjunta da DEHS, as investigações revelaram que Fabrício foi o mandante do crime. Ele era sócio da vítima e dizia ser seu amigo.

“Fabrício, que trabalhava com ouro, devia cerca de R$ 300 mil a James.  Foi verificado que Fabrício se comprometeu a pagar um valor diário de R$ 5 mil como lucro desse investimento para a vítima, algo que ele claramente não tinha como sustentar a longo prazo, pois não há qualquer negócio que possa gerar um lucro tão exorbitante em cima do montante de 300 mil reais”, relatou Marília.

Ainda de acordo com a autoridade policial, durante as diligências foi possível identificar uma rede criminosa por trás do delito, com mandantes, intermediadores, apoiadores logísticos e o executor, os quais premeditaram o crime dias antes.

“Infelizmente, é um crime que choca pela motivação e pelos envolvidos. Em depoimento, o executor relatou que recebeu R$ 5 mil como pagamento, sendo R$ 1 mil via Pix e os outros R$ 4 mil em espécie, valor prometido por Carlos Inácio e Fabrício”, comentou a delegada.

Kauã Iago, o executor, não conhecia a vítima e aceitou a proposta pelo dinheiro, o que qualifica sua ação como torpe. 

O quarto indivíduo envolvido é Antônio Ricardo, responsável por pegar a motocicleta utilizada no crime oito dias antes em uma oficina no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste, e entregá-la para outra pessoa, que por sua vez entregou ao executor.

“Com o avançar das investigações, conseguimos localizar as carcaças da motocicleta no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste, durante a operação de prisão dos envolvidos e busca e apreensão”, finalizou.

Procedimentos

O quarteto responderá por homicídio qualificado por motivo torpe e meio que impossibilita a defesa da vítima. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.

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