Prioridades inconvenientes da Câmara de Parintins.

Foto: Câmara de Parintins

A crise da saúde no Estado tem afetado diretamente o principal hospital de Parintins, o Hospital Jofre Cohen. A situação ameaça principalmente a ala das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mantida pelo Governo do Amazonas. Salários atrasados, falta de insumos, medicamentos e outras precariedades estão sendo alegadas pelos servidores como motivos para crise.

A situação tem sido denunciada pelos profissionais há semanas e tomou contornos ainda mais graves nesta segunda-feira (4), quando os servidores anunciaram desligamento da ala de alta complexidade da unidade, o que pode causar esvaziamento dos profissionais e ameaça comprometer os atendimentos hospitalares.

Apesar do ambiente de crise, a situação parece não preocupar o Poder Legislativo de Parintins. No site oficial da Câmara de Vereadores, de agosto à novembro, nenhum parlamentar realizou proposituras, requerimentos ou menções à crise relacionada à saúde no hospital da cidade.

Nas sessões ordinárias realizadas nas últimas segunda e terça-feira, a omissão se manteve.  No plenário, o problema não foi pauta de nenhum dos parlamentares.

Por outro lado, prestes a entrar em período de recesso de fim de ano, a partir do dia 15 de dezembro, a Câmara de Parintins preferiu priorizar assuntos como a data de entrega do título de cidadania parintinense à deputada estadual Alessandra Campelo, como foi na manhã desta terça-feira (5).

A crise na saúde também escancara uma crise política. Independentemente do lado, seja situação ou oposição, nesse caso os aliados do Prefeito Frank Bi Garcia ou os aliados do Governador Wilson Lima, a insensibilidade e o desrespeito com a população são os mesmos.

Nada além do que já era esperado, afinal os volumosos privilégios e regalias dos parlamentares em hipótese alguma correm o risco de atrasarem, imagina chegar a 5 meses de vencimentos atrasados. Sai do bolso do contribuinte a manutenção da Casa do povo. Por outro lado, os profissionais da UTI de Parintins, pagos por empresas terceirizadas que dependem do pagamento dos contratos que deveriam ser efetivados pelo Governo do Amazonas, não podem dizer o mesmo.

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