"A fumaça é um problema que revela a incompetência das autoridades", dizem moradores de Parintins.

Foto: João Carlos Moraes/ Mídia Cabocla

Uma densa camada de fumaça resultante das queimadas encobre a cidade de Parintins há pelo menos nove dias consecutivos. O problema voltou a causar transtornos na ilha desde a quinta-feira (26/10) e só piorou nestes últimos dias. 

Sem esperança de uma solução para acabar com a fumaça, os parintinenses iniciam o mês de novembro respirando um ar de péssima qualidade e inalando fuligens.

Todos os bairros da cidade estão sendo afetados. Moradores reclamam de problemas respiratórios, ardência nos olhos e mau cheiro.

Para amenizar o problema, moradores voltaram a fazer uso de máscaras, é o caso da aposentada Maria Izabel Pereira. "Eu não queria, mas eu preciso usar máscara, se não eu passo mal. Minha voz já tá rouca, a garganta tá seca, fica ruim pra respirar. A situação tá péssima", contou a aposentada.

Mãe de uma criança de 3 meses de vida, a dona de casa Arleciane Tavares percorreu as ruas do centro da cidade com dificuldades por conta da fumaça. "Precisei trazer meu filho pra tomar vacina porque ele está com problema respiratório. Ele tava se recuperando da gripe quando veio essa fumaça e só prejudicou a recuperação dele. Se a gente que é adulto já sofre, imagina as crianças", contou a moradora.

Falta de soluções

O problema se intensificou nos últimos meses em Parintins e se tornou frequente na Ilha. Mas boa parte do estado do Amazonas está sob fumaça que, segundo autoridades municipais, são oriundas de queimadas registradas no Pará.

Até o momento não há alinhamento para a solução do problema com os municípios paraenses. Enquanto o problema persiste, os amazonenses e, especialmente os parintinenses, seguem respirando um ar poluído.


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