A estiagem de ações na Câmara de Vereadores de Parintins

Lago do Macurany completamente seco. Foto: Elinaldo Tavares


Pauta nacional devido ao desastre que já tem causado na região norte do país, a estiagem dos rios da Amazônia, especialmente do Rio Amazonas, parece ser um assunto trivial na Câmara de Vereadores de Parintins. Enquanto 20 municípios amazonenses já estão em situação emergência, quadro para onde a Ilha também caminha, o cenário é completamente ignorado por um Poder Legislativo despreocupado, cego e alheio aos prejuízos que a população já enfrenta.

Os sinais de uma iminente tragédia estão colocados na mesa. Nas últimas semanas a vazante acelerou o passo, o município entrou para o quadro de alerta, a Prefeitura de Parintins reconheceu comunidades em situação de isolamento e os prognósticos da Defesa Civil do Amazonas dão conta de condições ainda mais rigorosas para os próximos meses. Ainda assim, com todo o foco sobre o problema não apenas na região, mas em todo país, não houve menção às ações e cobranças de medidas na tribuna do parlamento municipal.

Nesta semana que se encerra, nem uma mísera publicação oficial da Câmara de Parintins voltou o foco para o problema da estiagem. A seca histórica reconhecida pelo Governo do Amazonas simplesmente não foi lembrada pelos vereadores da Ilha. Enquanto isso, moradores da região do Zé Açu padecem com a perda da produção, com dificuldade de acesso à cidade, sem água potável e com o risco do lago secar de uma vez.

A situação é ainda mais grave na região do Mocambo, área rural de Parintins, onde está localizada a Ilha das Onças, que já enfrenta situação de isolamento.

Dissociada dessa realidade, a Casa Legislativa de Parintins é a representação da secura de ações e da estiagem de medidas pra ajudar a população que, isolada, encara sozinha, como de costume, mais um evento extremo e histórico em Parintins.

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